terça-feira, 15 de junho de 2010

Meu bonito e meu feio

Meu bonito e meu feio se escondem nessa carcaça
e você só consegue vê-los pelo olho mágico.
A porta do meu coração está sempre trancada,
para que nenhum ladrão roube meu tesouro ou destrua minhas estantes.
Minhas estantes guardam livros e troféus,
trazem lembraças.
E tudo corre rápido como um guepardo atrás duma pobre presa.
São flashes que montam um enorme quebra-cabeça, guilhotina.
Meu bonito e meu feio, só os íntimos pensamentos conhecem,
são velhos amigos de tempos passados, tempos rápidos que viram memórias
e eles estão também nas minhas estantes.
Já é hora de tirar o pó, pois as traças fazem festa.
Meu bonito e meu feio tem medo da claridade, ela vence as trevas que os escondem.
Meu bonito e meu feio são timidos,
eles precisam um do outro e precisam de você, de longe.
Meu bonito e meu feio ninguém vê.